Elder Cosmos - O início da Jornada

Provavelmente o mais curioso ou intrigante dos fatos seja, invariavelmente, a ignorância geral sobre os segredos escondidos sobre o véu do misticismo e velado pelas ordens sacerdotais. O conhecimento escondido por esta grande ciência é oculto sobre dogmas perpetuados pelos mesmos sacerdotes que possuem a missão de iluminar o povo, seja pela mão direita – O culto aos Aedras, ou pela mão esquerda – O culto aos Daedras. Não importando a origem, a consciência e o pleno uso da sabedoria oculta dos et’Ada é extremamente restrito a uma pequena proporção dos viventes – Os nobres e os seus magos.
 
O que fazer frente a ignorância propositalmente imposta para dominar o povo, manipulado através de falácias e dogmas já falidos, de palavras duvidosas e do restrito acesso a verdadeira ciência? O que fazer frente ao descaso causado pelo medo às forças da mudança, chamadas de energias obscuras e taxando seus precursores de demônios? O que fazer frente ao excesso de adoração às forças criadoras e estáticas, chamadas erroneamente de deuses?
 
A maioria permaneceria quieto à sombra dos portadores da palavra e dos letrados na ciência. Mas não ela. Ela era obstinada, curiosa, faminta pelo conhecimento do bem e do mal. Da criação e da destruição e mudança, pelos conhecimentos da vida e da morte. Pela verdade codificada no céu sob a forma de planetas e constelações, obscurecidas por um alfabeto sagrado já há muito perdido. Ela não é do tipo que descansa sem a certeza, que se cala sem o verbo, ela procura e procura como um homem faminto devora cada grão de seu prato; ela não descansa sem entender cada movimento, cada formação escondida sob a luz das estrelas e cada palavra desta língua nunca usada.
 
Seu conhecimento a levaria onde? Ao mais alto obelisco iluminado sob o crepúsculo matinal ou ao mais profundo abismo esquecido nas sombras dos não-nascidos? Aos mais altos planos do Oblivion ou aos planos que nunca foram arquitetados? A esperança que floresce todos os dias com um novo raiar ou ao terror que submete toda inocência ao escurecer? Seus passos seriam iluminados pela mais forte luz provida daqueles que com sua vontade criaram todas as coisas ou seriam passos cegos em direção a aqueles que destroem o que foi criado e escondem sobre estrelas já apagadas os segredos que nunca existiram?
 
Sua jornada será em breve cantada pelos bardos e recitada pelos menestréis, mas jamais estará escrita em um único livro mortal. Ela será dita como portadora do conhecimento da árvore de todas as sabedorias. Será lembrada como a única que por direito adquirido carregou consigo o livro de Hermaeus Mora, que empunhou eternamente o cajado cuja ponta brilha com a luz de Magnus, com o manto só usado por Auri-el, iluminada pela beleza escondida em Dibella, controlando a selvageria de Hircine e imune a loucura de Sheogorath. Portando a lanterna acesa por Meridia e estando entre as estrelas de Azura. E tantas outras qualidades que serão reveladas apenas quanto as linhas escritas permitirem.
 

Onde ela vai eu vos pergunto? A espera revelará eu vos respondo.